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Porque atrelar emoções ao estudo impacta no aprendizado

As emoções são elementares para a experiência humana, sendo reações psicológicas e fisiológicas a estímulos externos e internos. Se constituem por experiências subjetivas descritas como sentimentos, estados de ânimo ou humores.

Essas são uma resposta a fatores que nos impactam, como uma situação estressante, um evento agradável ou uma lembrança. Elas se expressam mediante comportamentos, linguagem corporal, expressões faciais e comunicação verbal.

Em conformidade ao artigo Psicologia das emoções, publicado pela Visus Consultoria, de modo genérico, as emoções são expressões afetivas acompanhadas de reações intensas e breves do organismo, em resposta a eventos (inesperados ou não). Sendo assim, quando se trata de emoção, associa-se uma reação intensa e passageira, com reações psicofisiológicas, isto é, acompanhada de reações físicas e psicológicas.

Reações físicas

Diversas reações físicas são atreladas às emoções. Variam em tipos, intensidade e dimensão, a depender de quais emoções são instigadas. São divididas em reações gastrointestinais, cardiorrespiratórias, sudoreses, tremores, ruborização, reação músculo esquelético, entre outras.

Por conseguinte, os indivíduos manifestam reações físicas diversas perante à uma emoção intensa, ou reações motoras, como correr ou manter-se paralisado quando se deparam com situações de risco ou perigo.

Reações psíquicas

Tanto quanto as reações físicas, as emoções despertam uma série de reações psicológicas, desde alterações de funções cognitivas, como memória, concentração, raciocínio, como estados afetivos, tensão, agitação, ansiedade, impulsividade e reações comportamentais desproporcionais.

As emoções dispõem de uma base biológica controladas por uma rede complexa de sistemas nervosos e hormonais em nosso corpo. São experimentadas como sensações físicas, desde um aperto no estômago, coração acelerado ou suor nas mãos. Essas sensações físicas decorrem da liberação de hormônios como a adrenalina e o cortisol, que nos preparam para lidar com as situações emocionais.

As emoções são primordiais para nosso bem-estar emocional e psicológico. Quando identificamos e expressamos nossas sensações, ampliamos nossa comunicação, relacionamentos interpessoais, autoconsciência e autoestima.

No entanto, emoções repulsivas como a tristeza, raiva e ansiedade, causam um impacto negativo em nosso bem-estar emocional. Acarretando distúrbios como a depressão, ansiedade e estresse crônico.

A estabilidade emocional é um fator crucial para o desempenho nos estudos. Indivíduos quando emocionalmente instáveis, apresentam dificuldade em tarefas que exigem foco e concentração. A estabilidade se refere à capacidade de regular as emoções e manter um estado de equilíbrio emocional, diante de desafios e circunstâncias de alto nível de estresse, sem angústia excessiva ou desespero.

Indivíduos emocionalmente estáveis mantêm um ritmo constante de estudo, gerenciando o tempo de modo eficiente. A motivação e a produtividade estão diretamente interligadas ao controle emocional. Todavia, os que são emocionalmente instáveis denotam mais dificuldade em se concentrar, finalizar tarefas e lidar com o estresse. São mais propensos a faltar às aulas, apresentando um desempenho escolar/acadêmico aquém do satisfatório, possuindo uma visão pessimista em relação à aprendizagem.

Para alavancar este processo é fundamental sobretudo, desenvolver a inteligência emocional. Impulsionar habilidades de resiliência e autocontrole com foco em situações complexas de modo saudável e resolutivo.

Estabelecer uma rotina saudável, como dormir bem, ingerir alimentos nutritivos, praticar atividades físicas regulares e dispor de um suporte social (familiares, amigos, professores), favorecem na construção de uma mente sadia, impactando diretamente no processo de aprendizagem e absorção do conhecimento.

Segundo artigo O impacto da inteligência emocional no trabalho e na produtividade, publicado pela Febracis, em síntese, o fator semelhante dos indivíduos que obtiveram sucesso na carreira, para além do desempenho escolar/acadêmico ou produtividade, são aqueles que possuem compreensão das suas próprias emoções.

Evidentemente, o quociente de inteligência racional é substancial no nível acadêmico e profissional, mas não determinante. Assim sendo, a inteligência emocional é a mola propulsora que propicia os estudantes e profissionais a expandirem o seu raciocínio, superando desafios complexos.

Segundo pesquisas da empresa de saúde Mindlab, indivíduos que desenvolvem um alto grau de ansiedade e estresse, comprometem profundamente a tomada de decisão e o raciocínio lógico, reduzindo a capacidade analítica.

A longo prazo, o estresse e a ansiedade danificam habilidades cognitivas vitais, se refletindo na vida acadêmica e profissional. Afetando diretamente a capacidade absorção, memória e a concentração. Para mais, a ansiedade pode alterar definitivamente a química do cérebro, ocasionando doenças como a depressão crônica.

O quociente emocional (QE), é uma medida que qualifica a capacidade de um indivíduo no que tange a percepção das suas emoções e da sociedade. Divergente do quociente de inteligência (QI), onde mensura a capacidade cognitiva, o QE, analisa as habilidades socioemocionais, como empatia, autoconhecimento, automotivação, controle emocional e habilidades sociais.

A sua relevância tem sido reconhecida no mundo corporativo, na educação e na saúde mental. Pois, a capacidade de lidar com emoções e relacionamentos interpessoais é essencial para o sucesso em diversas áreas da vida, tanto pessoal, quanto profissional.

O autoconhecimento é um dos aspectos mais expressivos avaliados pelo QE. Um indivíduo com um quociente emocional desenvolvido é capaz de reconhecer suas próprias emoções, identificar suas causas e controlá-las de modo saudável, além de demonstrar empatia e sensibilidade.

Igualmente, a automotivação é uma habilidade analisada pelo QE. Indivíduos com índice elevado, têm motivação interna forte e se esforçam para alcançar suas metas, apesar das adversidades. São mais propensos em lidar com situações de estresse de modo assertivo, convertendo desafios em oportunidades de evolução. Em virtude disso, o quociente emocional, constitui um parâmetro essencial capaz de avaliar as habilidades socioemocionais, que desenvolvidas, potencializam desde o processo de aprendizagem, absorção do conhecimento às relações acadêmicas, interpessoais e profissionais.

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